quinta-feira, 20 de maio de 2010

Santos x Grêmio

Certa vez, meu amigo Castor Luiz comentou comigo o que mais gostava no futebol: a completa incerteza.

Pensa bem, o jogador treina incansavelmente uma fala a uma certa distancia da barra. Erra pouquíssimo, quase não erra, um nível de acerto gigante. No meio do jogo uma falta na mesma distância. Ele vai acertar? Nunca se sabe.

O futebol me parece conectado totalmente com o interior, assim como diversos outros, talvez todos, os esportes. O jogador precisa estar presente, desimpedido, destravado, livre, focado, presente. Assim como todos deveriam gerir suas vidas: presentes.

Atualmente, tem sido um prazer assistir os jogos dos Santos. Os "meninos da vila" jogam livres, rindo... e isso faz (muito) a diferença.

Ontem, na semifinal da Copa do Brasil contra o Grêmio, o time não ia bem no primeiro tempo. Sabe o que fazia o técnico na beira do campo? Pedia calma... só pedia calma. Vi mesmo um nervosismo no time, um entrave, um pensamento onde só devia existir fluidez. Aí o time sai e todos ouvem a mesma coisa: calma. E deu no que deu... 3x1 para o Santos, com três gols lindos e uma bola na trave.

Um link:

terça-feira, 18 de maio de 2010

Se torne pastor em duas lições

Algumas vezes, perdido no trânsito ou no "zap" da televisão eu paro em canais de igrejas e assisto ou ouço por algum tempo. Acho interessante observar o comportamento, as promessas, a linguagem e o brilho nos olhos. Percebi de antemão que esse canal de comunicação não é destinado as pessoas que se encontram tranquilas e atentas, mas aos angustiados e perdidos. Outro fator, no entanto me chamou mais atenção: a falta de cultura e instrução da maioria dos pastores.

Por favor, não quero de forma alguma generalizar. Sei que cada igreja é um mundo completamente diferente uns dos outros e sou totalmente a favor das igrejas.

No entanto, de uns tempos para cá, a facilidade de abrir uma igreja gerou fatos interessantes, e um deles é a facilidade com que se formam pastores. Puxa, daqui a um tempo alguma igrejas não terão mais fiéis, só pastores. E com isso se abriu um precedente perigoso: a falta de instrução.

Vez por outra, pare em alguma rádio de igreja e preste um pouco de atenção na conversa. Costuma ser rala, superficial, sem conteúdo, sem instrução. É como um semi-analfabeto ensinando o pouquinho que sabe. Até acho isso bonito, mas torná-lo referência do que é um "professor" é um perigo gigante.

Vejo que na contemporaniedade estamos perdendo nossas referências. Na busca insensata de velocidade estamos perdendo conteúdo.

Um dia esperando minha mulher fiquei ouvindo um pastor auxiliando uma mulher. "É o meu marido, ele é fogo. Sai com os amigos, adora os amigos, me incomodo demais. Assim, ele não bebe, nem se droga e tá bem no trabalho. Mas eu queria que ele ficasse mais comigo, sabe? Ele não fica o tempo inteiro comigo". Eu achei a mulher uma possessiva maluca e fiquei ouvindo o pastor concordando e dizendo umas besteiras para não ficar calado. Eu juro, era uma conversa de dondocas cheias de lamentação sem sentido. E dessa forma, na minha visão, algumas igrejas viraram conversa de mesa de bar.

Imagino que outra igrejas ainda levam a sério esse "ofício" e buscam formar líderes com talento e instrução. Esse, na minha opinião, é um papel muito forte e decisivo na vida de várias pessoas que o ouvem com o coração aberto. Antigamente, conseguir virar padre requeria muita dedicação, esforço, estudo e talento. Era difícil, uma batalha a ser vencida. Era preciso estudar bastante e conhecer muito do assunto para passar um pouquinho com segurança e convicção.

Espero que alguma igrejas levem isso a sério e formem bons instrutores da vida que não digam apenas o que os fiéis desejam ouvir - porque de políticos em busca de votos estamos cheios.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Demo - cracia

Democracia("demo+kratos") é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual; sistema político cujas ações atendem aos interesses populares; governo que acata a vontade da maioria da população; etc.


Nenhum dos significados me satisfaz quando penso na democracia brasileira. Existe democracia no Brasil? Existe. Funciona? Não, não funciona.

Assim... talvez para a maioria de nós, aqui, com computadores disponíveis e acessando a internet, funcione sim. Mas para a maioria da população ou em uma disputa onde você seja bem mais "fraco" socialmente, a democracia não funciona nem um pouco.

Hoje saiu a matéria no jornal sobre um homem que atirou em sua mulher, nos dois filhos e no cunhado. A mulher morreu, os filhos ficaram com seqüelas e o cunhado escapou. O advogado hoje disse que o filho atirou sim mas que apenas defendeu a "honra" porque ela o traía (que honra?). Detalhe: isso foi a mais de 20 anos, e até agora, pela força social, nada de justiça ou democracia.

Uso esse caso por mero exemplo, porque todos os dias temos inúmeros similares no jornal, e até eu já convivi com alguns outros (sem concordar, claro). São tantos que até acredito que já me acostumei, faz parte do sistema.

Não para por aí: as empresas "fortes" abusam dos direitos dos consumidores; os políticos abusam do poder público e da imoralidade escancarada aos quatro ventos; os patrões abusam dos empregados e por fim os empregados abusam dos patrões e dos serviços prestados. Nós, por sua vez, só reclamamos quando somos atingidos e nós aproveitamos vez por outra das regalias de um sistema cheio de falhas.

Bem, é que fiquei chocado com o jornal hoje e me deu uma vontade de desabafar.

Acredito que precisamos levantar mais as vozes e perceber esse processo. É só percebendo o seu funcionamento que conseguiremos aprimorá-lo. Enquanto acreditarmos que somos excessão e que vivemos uma linda democracia, alimentaremos esse sistema caolho.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Existe mais coisa entre o céu e a terra

Durante muito tempo (o nosso tempo) a ciência e a razão foram super-valorizadas, viraram nossos Deuses. Se a ciência não aceita, não existe. Mas nossa história é cíclica e creio que começamos a equilibrar essa balança agora aceitando os mistérios, a fé e o inexplicável.

Eu creio na ciência sim, mas acho que a ciência é pura observação e narração. Tudo que dela conhecemos foi gerado a partir de uma minuciosa atenção ao desconhecido, ou seja, ao mistério. O inexplicável sempre foi a mola, o incentivo, a gasolina dos cientistas, dos criadores. Então porque negá-los?

Li essa matéria e lembrei de uma linda frase de Shakespeare: "Exista muito mais coisa entre o céu e a terra do que a nossa vã filosofia pode imaginar".

Médicos espantados com idoso que diz não comer
Iogue Prahlad Jani, de 83 anos, afirmou que não ingere alimentos e líquidos há mais de 70 anos. Ficou sob observação de cientistas durante duas semanas, quando também não urinou ou defecou


AHMEDABAD (Índia) – Cientistas indianos expressaram assombro após as análises efetuadas durante duas semanas em um homem de 83 anos, que afirma ter passado mais de 70 anos sem ingerir alimentos ou beber água. O iogue de barba longa Prahlad Jani teria resistido sem beber, comer, urinar ou defecar, durante esse período de observação que terminou na quinta-feira.
“Seguimos sem entender como sobrevive sem urinar ou defecar. Esse fenômeno é um mistério”, declarou à imprensa Sudhir Shah, um neurologista da equipe de 30 médicos que observaram o iogue em um hospital de Ahmedabad, oeste indiano.
Prahlad Jani era vigiado 24 horas por dia por câmeras pelo Organismo de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Defesa (DRDO). Depois, o iogue regressou à sua terra natal, em Gujarat, no norte, próximo a Ambaji, onde retomou suas atividades de meditação. O idoso garante que uma deusa o abençoou quando ele tinha 8 anos e permitiu que vivesse sem alimentos.
Durante as duas semanas de observação, “o único contato de Jani com líquidos era quando fazia gargarejos ou se lavava”, indicou em um comunicado o médico G. Ilavazahagan, diretor do Instituto Nacional de Defesa, especializado em fisiologia. “Se Jani não tira sua energia dos alimentos ou da água, deve fazê-lo de outras fontes que o cercam, e o sol é uma delas”, indicou Sudhi Shah. “Nós, profissionais do setor médico, não podemos excluir hipóteses como a possibilidade de uma fonte de energia diferente das calorias”, acrescentou.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vamos matar o porco

Não gosto muito de histórias de internet via email com lições escancaradas e óbvias. Mas puxa, nem sei porque, essa me tocou e achei-a interessante. Mexi um pouco no ritmo dela e resolvi postá-la aqui. Lá vai:


- Bem Fazendeiro, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar um medicamento durante 3 dias. No terceiro dia, caso ele não esteja melhor, será necessário sacrificá-lo.

No dia seguinte deram o medicamento e foram embora. O porco, atento a tudo, se aproximou do cavalo:
- Força amigo! Levanta daí, senão você será sacrificado!

No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou mais uma vez e disse:
- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar... Upa!

No terceiro dia deram o medicamento e o veterinário decretou:
- Infelizmente, vamos ter que sacrificá-lo amanhã. A virose pode contaminar os outros cavalos, não vamos correr esse risco.

Quando foram embora, o porco sentenciou com toda força:
- Cara, é agora ou nunca, levanta logo! Eu acredito em você. Coragem! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos um, agora dois, três, legal... tenta mais depressa agora, vai.. Fantástico! Consegue correr? Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Isso campeão! Eu te disse, você venceu.

O dono viu o cavalo correndo no campo, seus olhos brilharam e gritou emocionado:
- O cavalo melhorou. Milagre. Isso merece uma festa... 'Vamos matar o porco!'