- Mas você escreve poesia? Tem livros de poemas?
Entenda poesia como arte. Entenda poesia como o olhar poético para a vida.
Penso agora em poeta como os antigos artistas mambembes, que chegavam na praça da cidade e emprestavam suas visões, musicalidade, sua volúpia de adentrar os lugares misteriosos da existência e corriam o gigante perigo de olhar para as coisas por inteiro.
Penso nos poetas como todos aqueles que resolveram pintar suas visões - ou quem sabe apenas desbotar tudo o que viam e veem.
Penso nos poetas como os que receberam o talento da sensibilidade e se entregaram a eles.
Hoje, muito resolveram embarcar nas definições do medo que nos enquadram, dão nomes, definem o lugar, função, orgão, ramal, valor, dia, hora, passos... tudo para evitar o desconhecido (e o desconhecido é tão belo).
Eu não sou músico, cantor, escritor, produtor, jornalista, vagabundo. Eu sou poeta.
Eu não faço música, poema, livro, discurso.
Eu faço poesia.
Eu faço amor.
Eu faço amor.
Realmente, pra que se apegar a definiçoes que mais restringem do que definem?! A arte dispensa essa burocracia.
ResponderExcluirParabéns pelo Blog, Tibério.
ResponderExcluirTive o prazer de te entrevistar por telefone para um trabalho para a rádio UFSC e posso dizer, com sinceridade, que a admiração que eu tinha pelo artista estendeu-se para a pessoa.
Continue enchendo nossos corações como poeta!
Um beijo grande,
Cecília Tavares
Valeu Ceci, fico imensamente feliz. Eu lembro da entrevista, sim, e posso estender o elogio pra tu, visse?
ResponderExcluirComentário genial sobre ser poeta, concordo plenamente com sua visão. Parabéns!
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