segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mercado da música

Mercado é uma coisa confusa. Misturar mercado e ética então, mais confuso ainda.

Eu que escolhi ser artista costumo me comunicar com o mercado no modelo mais poético possível, e, ainda bem, vez por outra tenho boas respostas.

Algumas pessoas, grupos, bandas, etc., dialogam com o mercado como mercado. É uma opção lógica, que faz todo sentido, tem a sua razão, mas não funciona.

A música é diferente. Não existe concorrência, não existem clientes, não existem simplesmente empregados, quase não existem classes sociais inclusive. Essa é uma relação de troca de afeto, de escambo, uma relação de delicada conjutura poética que, porventura, envolve algum dinheiro.

Quem é fã de uma banda é também fã de diversas outras. Onde um grupo se apresenta, nos outros dias outros precisam se apresentar. Um disco que alcança um enorme contigente de pessoas coloca essas mesmas pessoas prontas a conhecer outros discos.

Ou seja, tudo nesse mercado esquisito da música é invertido. Tudo é soma. E é assim que eu vejo-o e pronto!

Um comentário:

  1. Não há o melhor nem o piorzinho. Um soma o trabalho do outro. Ou não. Acrescentam apenas em nossas vidas letra música e dança. Afinal, o que seria dessa vida sem a música?

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