quinta-feira, 29 de julho de 2010

Bela canção

Tava zapeando pela TV ontem a noite e me deparei rapidamente com essa cena. Não acompanho esse seriado nem nada, mas de ouvir a letra de relance fiquei profundamente tocado.

Achei lindo, forte, sincero. Depois fui pesquisar e vi que é uma música clássica, quase folclórica. Acho que é daquelas músicas que alguém vive uma vida inteira para no fim compô-la.




segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mercado da música

Mercado é uma coisa confusa. Misturar mercado e ética então, mais confuso ainda.

Eu que escolhi ser artista costumo me comunicar com o mercado no modelo mais poético possível, e, ainda bem, vez por outra tenho boas respostas.

Algumas pessoas, grupos, bandas, etc., dialogam com o mercado como mercado. É uma opção lógica, que faz todo sentido, tem a sua razão, mas não funciona.

A música é diferente. Não existe concorrência, não existem clientes, não existem simplesmente empregados, quase não existem classes sociais inclusive. Essa é uma relação de troca de afeto, de escambo, uma relação de delicada conjutura poética que, porventura, envolve algum dinheiro.

Quem é fã de uma banda é também fã de diversas outras. Onde um grupo se apresenta, nos outros dias outros precisam se apresentar. Um disco que alcança um enorme contigente de pessoas coloca essas mesmas pessoas prontas a conhecer outros discos.

Ou seja, tudo nesse mercado esquisito da música é invertido. Tudo é soma. E é assim que eu vejo-o e pronto!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Cantar

Hoje terminei a gravação de voz do meu disco, que agora entra na reta final.

Eu estava tendo certos problemas por subtonar algumas notas. Antes da gravação oficial então voltei para a minha aula de canto.
Então descobri que tem dois motivos pelos quais estava subtonando:

1- tensão

2- entrega

Para cantar bem e ficar afinado é preciso relaxar e envolver o corpo inteiro, envolver-se por completo.

Bonito isso, não é?

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Espanha x Holanda

Eu fiquei bastante feliz com a vitória da Espanha sobre a Holanda. E mais feliz ainda com o desenrolar da partida.

Desde o jogo com o Brasil eu fiquei com uma má impressão da Holanda. Senti que o time entrou com o objetivo de atingir a emoção do time adversário. Contra o Uruguai tive a mesma sensação e contra a Espanha tive-a novamente. A diferença é que o Brasil e o Uruguai cederam a estratégia holandesa e partiram em contra-ataque, que acabou por parecer mais um ataque.

Na final, no entanto, a Espanha manteve-se (até onde pode) paciente e não caiu no jogo do adversário. Assim, as entradas violentas, a dissimulação e a pressão intensa no juíz ficaram por demais expostos e, enfim, a Holanda mostrou seu jogo.

Não é que eu seja contra uma estratégia, uma técnica por assim dizer. Mas sou terrivelmente contra a demagogia, o fingimento. Se após o jogo do Brasil o técnico tivesse declarado que percebeu a falta de controle dos brasileiros e pediu para os jogadores atuarem nesse sentido, se ele tivesse declarado, admitido sua atitude em prol da vitória eu bateria palmas e ficaria admirado com tamanha percepção.

No entanto, o técnico negou ter entrado com esse viés e atacou o time brasileiro. Assim, passou de inteligente para dissimulado. Para mim, uma diferença gritante.

Acabou que venceu o jogo limpo, o jogo declarado, o olho no olho.

E eu continuo acreditando no caminho da sinceridade, da postura ereta e da respiração tranquila.

Espanha x Holanda

Eu fiquei bastante feliz com a vitória da Espanha sobre a Holanda. E mais feliz ainda com o desenrolar da partida.

Desde o jogo com o Brasil eu fiquei com uma má impressão da Holanda. Senti que o time entrou com o objetivo de atingir a emoção do time adversário. Contra o Uruguai tive a mesma sensação e contra a Espanha tive-a novamente. A diferença é que o Brasil e o Uruguai cederam a estratégia holandesa e partiram em contra-ataque, que acabou por parecer mais um ataque.

Na final, no entanto, a Espanha manteve-se (até onde pode) paciente e não caiu no jogo do adversário. Assim, as entradas violentas, a dissimulação e a pressão intensa no juíz ficaram por demais expostos e, enfim, a Holanda mostrou seu jogo.

Não é que eu seja contra uma estratégia, uma técnica por assim dizer. Mas sou terrivelmente contra a demagogia, o fingimento. Se após o jogo do Brasil o técnico tivesse declarado que percebeu a falta de controle dos brasileiros e pediu para os jogadores atuarem nesse sentido, se ele tivesse declarado, admitido sua atitude em pró da vitória eu bateria palmas e ficaria admirado com tamanha percepção.

No entanto, o técnico negou ter entrado com esse viés e atacou o time brasileiro. Assim, passou de inteligente para dissimulado. Para mim, uma diferença gritante.

Acabou que venceu o jogo limpo, o jogo declarado, o olho no olho.

E eu continuo acreditando no caminho da sinceridade, da postura ereta e da respiração tranquila.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Caros amigos da Fifa

Caros amigos da FIFA,

escrevo essa carta em apoio a essa entidade digna que tenta a todo custo manter o futebol ligado as suas raízes. Sei que diversas críticas direcionadas a vossa senhoria são equivocadas e de pessoas que não entendem a necessidade de um jogo orgânico, real, sem a interferência da tecnologia - que só surge para nos usurpar. Por isso mesmo, escrevo não só para declarar meu total apoio, mas para propor algumas mudanças cruciais em defesa do bom futebol, o verdadeiro. Imagino que essas mudanças (tão óbvias) devam ter passadas despercebidas pelos senhores por conta da enxurrada de reclamações injustas nessa direção.

Mas aqui estou eu, um pobre defensor do futebol, tornando ainda mais claro o valoroso argumento de vocês contra a tecnologia. Proponho:

  1. As placas “luminosas” para expor o tempo extra e as substituições devem ser abolidas imediatamente;

  1. Relógio? Meu Deus, que vergonha. Precisamos confiar no instinto do árbitro, autoridade máxima em campo. É ele quem deve sentir o clima do jogo e apontar o final da partida de acordo com sua convicção. Claro que iremos ter alguns contratempos com isso, mas assim é o futebol, e o jogo no estádio não é o mesmo que passa na televisão, nem tem o mesmo tempo;

  1. Por falar em televisão, ainda não entendo o que justifica essas transmissões ao vivo... tss, tss, tss... ela só nos atrapalha criando erros inexistente através das tecnologias dos editores. O máximo, máximo, que a FIFA deve permitir é o “boca a boca” e a locução dos melhores momentos via rádio, após o jogo;

  1. Essas modernas e tecnológicas camisas que nem absorvem o suor direito não podem continuar. Devemos voltar imediatamente para o bom e velho camisa x sem camisa;

  1. Os cartões, claro, deveriam ser dados verbalmente e nada de consultar papéis modernos com uma lista de quem já levou cartão – afinal, os papéis também são falhos, podem rasgar, molhar, sumir;

  1. Nada de apitos. Isso é demais. Me envergonhar ver, inclusive, alguns juízes que desfilam com o seu apito aprimorado por um novo sistema que o prende diretamente à mão. Não gente, isso não pode, onde fica a esportividade? A falta deve ser dada no grito, em bom tom ou mau tom, conforme a falta correspondente;

  1. E, por fim, nada de Jabulani, Jobulani, Teamgeist e outras coisas mais. Devemos voltar para a “bola” simplesmente assim como ela nasceu: de couro, costurada com cadarço, que absorve a água, pesada, marrom... bem daquele jeitinho que ouvimos falar do futebol original.

Pois bem, ponho-me a disposição e envio mais uma vez minhas congratulações a tão sábia entidade que ainda carrega tão lúcido argumento.