Vitor Araújo é pianista, compositor, sensível e inconstante. Tem um talento incrível com os dedos, um bom gosto de algumas vidas e uma alma inquieta o suficiente para fazê-lo experimentar diversos pratos e repetir alguns. Precoce, começou cedo e continua cedo na vida.
Pergunta - Qual o seu ofício?
Vitor Araújo - O meu ofício é a arte.
P.- Arte é trabalho?
V.- Não, música é trabalho. Arte é inspiração só, aí a diferença. Mas na verdade se música é trabalho meu ofício seria ser músicoe não artista. É... não sei... paradoxal... acho que música é trabalho e arte não, mas ao mesmo tempo acho que meu ofício é arte.
P.- Ao começar a carreira você buscava...?
V.- Eu buscava saciar uma ansiedade, tocar para mim sempre foi uma ansiedade. Então era para saciar essa ansiedade de querer tocar.
P.- E hoje você busca...?
V.- Hoje eu busco mais ainda saciar ansiedades que vão se somando a ansiedade primeira.
P.- Você se sentiria um grande fracassado se...?
V.- Eu me sentiria um grande fracassado se no final da minha carreira eu não tivesse orgulho da minha obra.
P.- Você se sentiria um homem de sucesso se...?
V.- Se ao final da minha carreira as pessoas que eu admiro admirassem minha obra.
P.-Ah, naquele tempo...
V.- Ah naquele tempo que eu não sabia teoria musical e era livre pra criar sem saber que a subdominante vai pra dominante resolve na tônica.
P.- Se bem que hoje em dia...
V.- Se bem que hoje em dia eu posso improvisar a vontade, né? Se eu sei que harmonicamente qual é a tensão disponível e qual não é, eu posso estudar jazz com mais facilidade.
P.- Arte é pura habilidade, como conseguir fazer diversos pontinhos com a bola, fazer um armário bem rápido e encostar a língua no nariz. Não é?
V.- É. É (risos)...é.
Vitor Araújo - O meu ofício é a arte.
P.- Arte é trabalho?
V.- Não, música é trabalho. Arte é inspiração só, aí a diferença. Mas na verdade se música é trabalho meu ofício seria ser músicoe não artista. É... não sei... paradoxal... acho que música é trabalho e arte não, mas ao mesmo tempo acho que meu ofício é arte.
P.- Ao começar a carreira você buscava...?
V.- Eu buscava saciar uma ansiedade, tocar para mim sempre foi uma ansiedade. Então era para saciar essa ansiedade de querer tocar.
P.- E hoje você busca...?
V.- Hoje eu busco mais ainda saciar ansiedades que vão se somando a ansiedade primeira.
P.- Você se sentiria um grande fracassado se...?
V.- Eu me sentiria um grande fracassado se no final da minha carreira eu não tivesse orgulho da minha obra.
P.- Você se sentiria um homem de sucesso se...?
V.- Se ao final da minha carreira as pessoas que eu admiro admirassem minha obra.
P.-Ah, naquele tempo...
V.- Ah naquele tempo que eu não sabia teoria musical e era livre pra criar sem saber que a subdominante vai pra dominante resolve na tônica.
P.- Se bem que hoje em dia...
V.- Se bem que hoje em dia eu posso improvisar a vontade, né? Se eu sei que harmonicamente qual é a tensão disponível e qual não é, eu posso estudar jazz com mais facilidade.
P.- Arte é pura habilidade, como conseguir fazer diversos pontinhos com a bola, fazer um armário bem rápido e encostar a língua no nariz. Não é?
V.- É. É (risos)...é.

(:
ResponderExcluirSinceramente, eu esperava mais. =)
ResponderExcluirAi meu deus.... como vitinho é encantador
ResponderExcluir=)
POSSO SUGIR OUTRO ENTREVISTADO TIBERIO ? =)
ResponderExcluirVOCÊ FALOU QUALQUER PESSOA ...
Essa é uma entrevista curta, rápida. Uma entrevista para apontar, sentir somente.
ResponderExcluirE por favor, indiquem pessoas sim. Pretendo toda quarta colocar uma entrevista aqui. Aceito sugestões, até as mais esquisitas.
Maestro Forró, deve ser muito massa uma entrevista dele (:
ResponderExcluirParabéns pela nova iniciativa: entrevista curta, forte e bastante provocante. Muito bom!
ResponderExcluirAnônimo, manda tuas sugestões. Essa é a primeira entrevista que faço pro blog, as críticas podem me ajudar bastante para melhorar as próximas. Por favor, opinem.
ResponderExcluirConfesso que não entendi muito das respostas. Bota um piano na mão desse menino!
ResponderExcluirBoa iniciativa, Mago.
Ótima entrevista. Leve e simples, como toda boa arte deve ser, mesmo carregando o mais alto teor expressivo. Parabêns.
ResponderExcluirGostaria de sugerir o escritor pernambucano Raimundo Carrero para uma entrevista neste molde. Sou fã dele.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSou fã de Vitinho. Sempre que ia aos shows da Seu Chico ficava inebriada, balançando com os olhos fechadinhos ao som de seus dedos serelepes a correr pelo piano... (e aqui admito grande saudade desse "show dentro do show").
ResponderExcluirDevo declarar, entretanto, que as palavras de Vitinho sempre me soam meio bêbadas, errantes. Como qdo se joga um monte de frutas no liquidificador pra fazer um suco que, no fim das contas, não tem gosto de nada...
Já vi várias entrevestas suas (uma das últimas no programa Urbano do multshow) e sempre saio com a sensação de que ele sente e pratica brilhantemente essa arte da qual fala na sua entrevista, mas que não consegue, com palavras, transmiti-la aos seus expectadores.
E sempre fico meio frustrada porque queria muito poder ouvir seus sentimentos...
Talvez seja porque aos vinte e poucos anos é mesmo confuso nomear, rotular (e de certa forma, limitar) sentimentos e sensações...
Ou talvez minha alma seja ainda muito pequena para compreender a materialização dessa arte por meio de suas palavras...
Que massa, gostei! Vou (v)ler todas. Parabens.
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