segunda-feira, 12 de julho de 2010

Espanha x Holanda

Eu fiquei bastante feliz com a vitória da Espanha sobre a Holanda. E mais feliz ainda com o desenrolar da partida.

Desde o jogo com o Brasil eu fiquei com uma má impressão da Holanda. Senti que o time entrou com o objetivo de atingir a emoção do time adversário. Contra o Uruguai tive a mesma sensação e contra a Espanha tive-a novamente. A diferença é que o Brasil e o Uruguai cederam a estratégia holandesa e partiram em contra-ataque, que acabou por parecer mais um ataque.

Na final, no entanto, a Espanha manteve-se (até onde pode) paciente e não caiu no jogo do adversário. Assim, as entradas violentas, a dissimulação e a pressão intensa no juíz ficaram por demais expostos e, enfim, a Holanda mostrou seu jogo.

Não é que eu seja contra uma estratégia, uma técnica por assim dizer. Mas sou terrivelmente contra a demagogia, o fingimento. Se após o jogo do Brasil o técnico tivesse declarado que percebeu a falta de controle dos brasileiros e pediu para os jogadores atuarem nesse sentido, se ele tivesse declarado, admitido sua atitude em prol da vitória eu bateria palmas e ficaria admirado com tamanha percepção.

No entanto, o técnico negou ter entrado com esse viés e atacou o time brasileiro. Assim, passou de inteligente para dissimulado. Para mim, uma diferença gritante.

Acabou que venceu o jogo limpo, o jogo declarado, o olho no olho.

E eu continuo acreditando no caminho da sinceridade, da postura ereta e da respiração tranquila.

Um comentário: