quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Deus e o Diabo nas águas

Nas águas o nosso imaginário coloca bondade e maldade também.

O golfinho ser incrível e risonho que incorpora tudo de bom pelo mar afora.

E tudo de ruim e dentes afiados que mata por curiosidade é o Tubarão.

Deus e o Diabo mar adentro.

O engraçado é que os danados são iguaizinhos e quem vê um dos dois estando dentro da água só terá certeza do que viu minutos depois do encontro.

Sem a perna era o bicho ruim na certeza.

Com um empurrãozinho para a beira era a mão divina.

Eles são água do mesmo balde, e a diferença é o que deixam pelo caminho.

8 comentários:

  1. Assim como o todos os Homens, onde o bem e mal convivem lado a lado. Cabe a cada um escolher que lado seguir, ou pelo menos qual máscara vamos usar hoje. rs

    Gostei do teu blog!

    beijo,
    Raíza H.

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  2. Que bem e mal?! Quem decide isso?! Depende do que ficou estabelecido socialmente?! Falar palavrão é bem ou mal?! Fumar maconha é bem ou mal?! Ir à igreja é bem ou mal?! Acreditar em deus é bem ou mal?!
    MAG...

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  3. ... ou é mal? Depende do que ficou estabelecido socialmente... mto foda!!!!

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  4. Ótima colocação!!! Se, por exemplo, partirmos do ponto de vista da manutenção da vida no planeta, a morte é necessária para a renovação e regulação do sistema.
    Mas o que me inquieta mesmo é o porquê desse estabelecimento social. Por que olhamos pro golfinho, para o tubarão ou para outro indivíduo e lhe estabelecemos um valor moral? Será que realmente compreendemos o que é ser um tubarão ou estar na pele de outra pessoa? Será que o próprio tubarão sabe o que é ser um tubarão?

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  5. Não sabe e essa é a função que ele exerce no mundo.
    No entanto senhores, não podemos relativizar demais.
    O tubarão mata para sobreviver, se alimentar. O tubarão não tem desejos ou escolhas, ele tem instinto somente. Nós não.
    Nós vamos além do instinto, além da necessidade, além do que precisamos. Nós, diferente de todos os outros bichos, produzimos "sobras", vamos além do que precisamos.
    A partir desse instante não podemos abrir o conceito relativo de forma exagerada. As coisas são relativas sim, mas precisam de um ponto de referência.
    Bondade e maldade são de fato palavras muito pesadas, gosto mais de escolhas e consequências. E isso não é tão relativo assim.

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  6. Tibério, o meu ponto de referencia é a sociedade... com suas escolhas, aderiu, em muitos lugares, ainda que questionada, por exemplo, a pena de morte. Não to dizendo que sou a favor, na vdd não sou. Pra mim é punir um crime com outro. Mas a sociedade a legitimou como uma defesa em prol do 'bem' comum...sendo assim, teoricamente, ela te dá o direito de escolha, 'se você matar, vai morrer"...

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  7. Não sei se somos realmente a única espécie a "produzir sobras", mas isso é assunto pra outro tema, hehe.
    Quanto ao relativismo é fato que não se sustenta, pois sempre há pontos de referência ainda que estes não tenham qualquer sentido ou porquê para existir. Até porque se assim não o fosse nem tentaríamos tal debate.
    Já com relação ao que a Mag vem defendendo, penso que as práticas sociais devem ser inseridas em sua respectiva cultura para serem consideradas condenáveis ou não. Temos como exemplo os inuítes, que costumavam abandonar seus idosos em bancos de gelo para morrerem, tal fato se deve as condições de vida dessa tribo onde os idosos não podem mais contribuir para o bem-estar da comunidade. Porém, acredito que de uma forma geral, os diversos sistemas morais existentes tem um propósito semelhante que é viver melhor, pois proporcionam meios para garantir a segurança e a estabilidade dos indivíduos de uma sociedade/tribo.

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