quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Entre o mito e o cotidiano

Cazuza, Jim Morrison, Janis Joplin, Che Guevara, Amy Whinehouse...

Quantos gênios, mitos, artistas admiráveis, pessoas de vanguarda tem no currículo uma vida cotidiana digna de enormes críticas? Um monte.

Mas com essa vinda de Amy ao Brasil e tudo o que ela representa, me pergunto até onde isso nos importa.

Talvez seja o preço de uma entrega sem freios, de uma mergulho profundo e inteiro em algo que costumamos medir, controlar, ter atenção e proteção.

Para nós é confuso, e é mesmo. Mas muitas vezes quem nasceu para pular a cerca acaba por esquecer de aguar as plantas.

Sei que temos diversos exemplos de pessoas que conseguiram com êxito contemplar as duas vertentes. Mas puxa, esses são as excessões. Ou não?

Sei que Che era um péssimo pai, amigo, marido. Tudo que o importava era o país, a revolução.

Gandhi era casado e de repente se converte e faz o voto de castidade. Ou seja, a mulher se f... (e se modifica, abraça a causa e vira uma de suas discípulas mais próximas. Mas qualquer outra pessoa comum ia ficar puta da vida).

Isso sem falar nos mais clássicos: Cazuza, Morrison, Cartola, Vinícius de Moraes e por aí segue uma vasta lista.

Não afirmo nada quanto a isso. Eu também me sinto em cima do muro e costumo tecer uma opinião caso a caso. Mas vale uma boa discussão.

3 comentários:

  1. A maior parte das pessoas só lembra do lado 'que fica pra história', o mito como você mesmo fala. Mas e quem convive, e o lado pessoal? Essa é uma discussão bastante interessante, gostei (:

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  2. Nossa, dá mt pano pra manga essa discussão!
    Sempre me pergunto se chega um ponto em que a obra é tão rica tão relevante, que se torna maior que o autor, e este passa a ser mais um servo dela...

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  3. Talvez isto só prove o que todos nós sabemos que ninguém é digno de idolatria, mas somente digno de admiração por aquilo que produz.

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