Acredito que nós adoramos a especulação. Sentimos prazer ao elaborar complicadas previsões catastróficas, caminhos tortuosos. A aproximação do perigo nos deixa acordados, presentes. No entanto a realidade parece ser mais natural e paulatinamente(como disse o poeta Abdias Campos também na mesa) as coisas tomam os próprios rumos, cada uma a seu tempo.
Um grande perigo nosso também é o apego nas pequenas formas. Quando surgiu o computador muitos passaram a questionar a morte da máquina de escrever. Uai, mas o computador com seu teclado não é uma continuação da máquina de escrever? Não é a sua evolução natural? Será que o computador não carrega em si a essência da máquina de escrever? O computador ainda é a máquina de escrever e agora é também o computador.
Será que o email vai acabar? O livro vai se extinguir?... e tantas outras perguntas. Ora, tudo vai evoluir e continuar existindo pela essência a que se destina. As novidades agregam tudo o que até ela existiu, porque assim elas foram criadas.
Essa discussão dá "pano pras mangas", em breve continuo ela aqui.
Concordo contigo, Tiba. Ou será que a gente ia ter que tá escrevendo em pedra até hoje?
ResponderExcluirFico um pouco receoso quando se diz que, por exemplo, o iPad vai matar o jornal impresso. Acredito nisso quando ler em tela (que emite luz) não seja cansativo pros olhos.
Aguardemos e veremos (ou nossos herdeiros).
Abraço, meu querido!
Esse apego eh mesmo danado... a maioria de nos nao sabe lidar bem com a morte, nem com o fim.
ResponderExcluirNa verdade todo fim eh tambem um novo comeco (e uma continuaçao). Sendo assim o fim nao eh necessariamente o fim. Depende apenas do ponto de vista...
uma frase resume bem tudo isso...
ResponderExcluir"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" Lavoisier