quinta-feira, 1 de julho de 2010

Caros amigos da Fifa

Caros amigos da FIFA,

escrevo essa carta em apoio a essa entidade digna que tenta a todo custo manter o futebol ligado as suas raízes. Sei que diversas críticas direcionadas a vossa senhoria são equivocadas e de pessoas que não entendem a necessidade de um jogo orgânico, real, sem a interferência da tecnologia - que só surge para nos usurpar. Por isso mesmo, escrevo não só para declarar meu total apoio, mas para propor algumas mudanças cruciais em defesa do bom futebol, o verdadeiro. Imagino que essas mudanças (tão óbvias) devam ter passadas despercebidas pelos senhores por conta da enxurrada de reclamações injustas nessa direção.

Mas aqui estou eu, um pobre defensor do futebol, tornando ainda mais claro o valoroso argumento de vocês contra a tecnologia. Proponho:

  1. As placas “luminosas” para expor o tempo extra e as substituições devem ser abolidas imediatamente;

  1. Relógio? Meu Deus, que vergonha. Precisamos confiar no instinto do árbitro, autoridade máxima em campo. É ele quem deve sentir o clima do jogo e apontar o final da partida de acordo com sua convicção. Claro que iremos ter alguns contratempos com isso, mas assim é o futebol, e o jogo no estádio não é o mesmo que passa na televisão, nem tem o mesmo tempo;

  1. Por falar em televisão, ainda não entendo o que justifica essas transmissões ao vivo... tss, tss, tss... ela só nos atrapalha criando erros inexistente através das tecnologias dos editores. O máximo, máximo, que a FIFA deve permitir é o “boca a boca” e a locução dos melhores momentos via rádio, após o jogo;

  1. Essas modernas e tecnológicas camisas que nem absorvem o suor direito não podem continuar. Devemos voltar imediatamente para o bom e velho camisa x sem camisa;

  1. Os cartões, claro, deveriam ser dados verbalmente e nada de consultar papéis modernos com uma lista de quem já levou cartão – afinal, os papéis também são falhos, podem rasgar, molhar, sumir;

  1. Nada de apitos. Isso é demais. Me envergonhar ver, inclusive, alguns juízes que desfilam com o seu apito aprimorado por um novo sistema que o prende diretamente à mão. Não gente, isso não pode, onde fica a esportividade? A falta deve ser dada no grito, em bom tom ou mau tom, conforme a falta correspondente;

  1. E, por fim, nada de Jabulani, Jobulani, Teamgeist e outras coisas mais. Devemos voltar para a “bola” simplesmente assim como ela nasceu: de couro, costurada com cadarço, que absorve a água, pesada, marrom... bem daquele jeitinho que ouvimos falar do futebol original.

Pois bem, ponho-me a disposição e envio mais uma vez minhas congratulações a tão sábia entidade que ainda carrega tão lúcido argumento.

7 comentários:

  1. Acho que nunca li um texto tão idiota na minha vida. E olha que tenho 29 anos e sou jornalista. Então cara, eu já li muita porcaria por aí. Mas você bateu recordes

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  2. Um amontoado de bobagem.

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  3. Oh anônimo, de toda forma agradeço a sua sinceridade. Só não entendi uma coisa: tu não gostou da piada irônica ou é a favor da posição da Fifa?

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  4. Anônimo tá foda. Deve estar amargo demais pra tomar cerveja.

    1 - Precisa, como todo bom jornalista, dar a cara à tapa.

    2 - Pelo menos dá opinião: é a favor ou não?

    Eu mesmo sou contra ver replay de lance na hora do jogo. Imagina os argentinos contestando o replay: "no es posible. este tirateima es brasileño" .Mas sou a favor da bolinha que apita quando passa da linha e de um cronômetro mostrando o tempo de jogo. Não é assim no basquete, no hockey, no handebol, no futsal, etc.?

    abraço caro Tiba

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  5. Eu como péssima "apreciadora" de futebol, concordo com o amigo Artur. Replay deveria acontecer na parte dos comentários, apenas.
    Anônimo, mostre seu rostinho lindo, baby!

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  6. Um sugestão de tema para o próximo post:
    "o emprego dos sonhos: comentarista esportivo" :p

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