quarta-feira, 15 de junho de 2011

Preço justo

Hoje em dia quanto mais barato melhor. Esse é o nosso sistema e como tudo funciona no Brasil. Os produtos estão cada vez mais parecidos e o preço é o norteador, a bússola de escolha. Promoções, compras coletivas, facilitado em 15 vezes. Quanto menos, melhor.

E o homem nisso tudo? Os produtos dão em árvore? Não, não dão.

Assim como esquecemos que a carne é um boi fatiado e só lidamos com aquele coisa emplastificada no supermercado, também esquecemos que todo produto e serviço é fruto de alguém que vive com isso. Por isso, menos demais não é mais.

Um conhecido estava na praia e um vendedor de redes passou oferecendo a rede por R$120. O sujeito ofereceu R$30. O vendedor baixou para R$100. O sujeito manteve os R$30. O vendedor disse que por R$70 vendia. E assim foi até que o sujeito conseguiu comprar a rede por incríveis R$20: "Uau, o sujeito pensou, me dei bem". Não amigo, você não se deu bem.

Porque quando fugimos do preço justo alguém terá que pagar por ele. Nesse caso o vendedor de redes vendeu abaixo do preço habitual e arcou com o prejuízo - na certa por estar necessitado.

Eu não quero e não gosto que passem por cima de mim. Fico enfurecido quando me sinto ludibriado sem necessidade. Mas também detesto passar por cima dos outros, ou ludibriar alguém.

Nós acostumamos tanto a lidar com enormes empresas frias e insensíveis que nos tornamos consumidores frios e insensíveis.

3 comentários:

  1. A pior coisa que pode acontecer com alguém é se acostumar com o absurdo.
    Prefiro continuar na linha dos inacreditáveis, por serem contrários.

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  2. Tanto pra mais, quanto pra menos... não gosto de tirar 'vantagem' das pessoas... isso me irita um bocado, principalmente por conviver com pessoas que acham graça nisso... mas tbm não gosto quando o cabra me 'tira de idiota'... aí também fico enfurecida... Uma vez fui numa feirinha de coisas usadas aqui na minha cidade e comrei uma vitrola... negociei com o vendedor, mas o desconto foi bom tanto para mim quanto para ele... alguns amigos riram mito de mim dizendo que eu tinha pago caro e que se eu tivese ofericido $30 reias o camarada teria vendido do mesmo jeito... mas a minha consciência falou mais alto... o cabra levantar de madrugada pra montar su abarraquinha... frio, ou chuva, ou mesmo o sol... filho pra criar, combustivel... enfim... eu não consigo... me acham estranha por isso... rsrs... eu?!

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  3. Concordo Tibério.Bem se sabe que o captalismo foi feito pra lidar com dinheiro e não com pessoas . é muito triste viver nesse período onde o acumulo de bens aliado à ostentação parece lei. Pagar o preço justo a uma pessoa mais humilde parece ingenuidade, mas comprar um pedaço de pano assinado por alguém "renomado" é muito esperto!

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