sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Os direitos do ouvido

Existem duas coisas que me tiram do sério, na verdade um pouco mais de duas, mas duas coisas me tiram bastante do sério e servem especialmente para esse post: conversas no cinema e som alto em lugares públicos.

Meu Deus, porque as pessoas julgam que os outros são obrigados a ouvir o que desejam e compartilhar de suas conversas? E se não pensam assim, o que as faz imaginar que a lei da física não se aplica aos seus momentos de diversão sonora limitando o som alto e suas conversas apenas ao espaço que ocupa?

Não, senhores, nada disso. O som alto ocupa todos os espaço possíveis. A conversa no cinema é de uma falta de educação gritante.

Um dia ainda vou arrumar um desses carros super-som, chegar em um ambiente com tais figuras e ligar a todo volume uma sinfonia de Stravinsky, Verdi, Mozart...:

- Ei rapaz, abaixa esse som, que esquisito...
- Esquisito nada. O negocio do som alto funciona assim, cada um ouve o que quer. Ta rolando brega, forro e pagode nesse lado, aqui tem musica classica. E vao ter que engolir...


No cinema, quando um desses "donos dos ouvidos alheios" iniciar seu bate papo como se estivesse na sala de casa, inicio em seguida uma conversa em competicao com os temas mais absurdos possiveis: sexo, drogas, maus tratos ou qualquer outra coisa que possa chocar, num volume que se possa ouvir:

- Ei rapaz, essa conversa esta nos incomodando.
- Serio? Mas nao e' para o senhor ouvir. Estou conversando aqui com meu amigo, e' uma conversa particular.

Bem, claro que nunca irei realizar tais facanhas, mas que da uma vontade...isso da.

3 comentários:

  1. Falta de educação e consciência independe de classe social ou qualquer outra coisa. Certa vez vi uma lata de coca cola sair voando de um Tucson...outra, me deparei com um menino vendendo chiclete no sinal, decidi comprar e ele me alertou para eu não jogar o papelzinho na rua...fiquei feliz pela educação e consciência do menino.

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  2. Aqui no Rio não sei o que é pior!Os carros de som, aquele funkeiro no ônibus escutando música no celular e que insiste em não usar o fone de ouvido ou a vizinha do prédio ao lado que neste momento está escutando pagode tão alto que até faz a janela do meu quarto tremer.
    Como não ficar fora do sério?

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