sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um tema que deu o que falar

Bem, alguns posts atrás escrevi sobre propaganda e lá citava que vejo o mundo se humanizando e que a propaganda teria que uma hora ou outra acompanhar esse movimento. Aí uma leitora amiga deu a opinião que não via o mundo tão humanizado assim e eu escrevi outro post sobre isso (logo embaixo). O que de cara deu o que falar. Assim, resolvi escrever mais esse post sobre o mesmo assunto, o otimismo.

As colaboradoras Mag e Maya ressaltaram os enormes problemas que temos, a imensa falta de educação, o olho cego que deixa as coisas crescerem a revelia, a falta de vontade, a falsa democracia, o subtexto social, a indiferença, a descrença, o medo, a ignorância e tudo aquilo que vemos comumente Brasil afora.

Bem, eu queria dizer, ressaltar, que eu concordo com tudo. Vejo isso também. É óbvio que o nosso país é cheio de vícios arcaicos que nos atrasam e sustentam em posições desagradáveis. Mas isso não significa negar avanços.

Para refletir esse tema gostaria de fazer uma pergunta: qual o nosso objetivo?

Fazendo um paralelo, toda vez que converso com uma pessoa magoada ou bastante ciumenta sobre o algoz em questã faço essa mesma pergunta: qual o seu objetivo? Isso porque muitas vezes o objetivo é simplesmente derrubar o outro, vencer, mostrar que está certo, acusar...sei lá. Quantas vezes isso já aconteceu?:

- Você falou com ela não foi? Eu vi!
- Puxa amor, é que cruzei e ia ficar chato se não falasse.
- Até parece, você bem que gostou. Admita, vá!
- Olha, então daqui em diante eu não falo mais e pronto. Viro a cara mesmo. Tá bom assim?
- Não, de jeito nenhum. Se você virar a cara ela vai perceber e achar que eu mandei você não falar com ela.
- Uai, e o que você quer então?
- Ai como você não entende nada.

No caso dos problemas brasileiros precisamos nos ater ao nosso objetivo. Nosso objetivo é obter melhoras?  Mudança de postura? Um aprimoramento na educação social do nosso povo? Uma postura mais adequada dos políticos? Se esse é nosso objetivo precisamos reconhecer os nosso avanços e incentivá-los ainda mais.

É como a criança que tira nota 2. Ela leva bronca, se esforça e consegue um 5. E aí? Continua a bronca:

- Tirou 5. Nota baixa de novo? Você sempre com essas notas? Olha, acho que não tem jeito.

Ou aplaude e exige um pouco mais?:

- Muito bem meu filho. Já vemos que o seu esforço deu resultado. Agora precisamos chegar na média 7 e com um pouquinho mais de dedicação, quem sabe, chegamos a mais de 8, hein?

É assim que penso o Brasil. Um país que começou a tentar tirar uma nota mais alta. Ainda estamos abaixo da média e distante das notas premiadas. Mas saímos do zero e eu prefiro elogiar esse garoto incentivando-o a ter mais dedicação ainda.

2 comentários:

  1. A verdade é todos estamos olhando para um mesmo Brasil, mas o que cada um enxerga, o modo que cada um vê sempre será diferente, pois nossos olhos estão filtrados com as nossas perspectivas e por todas as informações que absorvemos durante a vida.
    Admito até que o meu olhar mais crítico possa ser influência da rigidez de são paulo.

    Mas no fundo, o que todos queremos é a mesma coisa, um mesmo Brasil que acolha a gente e nos dê ainda mais orgulho! Um país de todos e para todos.
    Isso é o que realmente importa.

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  2. Partindo do seu questionamento: "Qual o nosso objetivo?" Creio q o meu ñ é puramente criticar o "Sistema". Ou ainda q sou pessimista, e critico somente pelo prazer de criticar, talvez, eu me como nunca gostei de rótulos, porém, me julagaria realista. Mas, pq ñ pessimista? Seguindo uma lógica na qual eu acredito, tb questiono esse filósfo, ñ acredito numa verdade absoluta, isto para qq âmbito da sociedade, mas usando o marxismo como parâmetro: "O Marxismo parte da realidade concreta, mas sempre na perspectiva da sua transformação.(Emir Sader, em artigo para a Revista Caros Amigos)".
    Se a gte acha td lindo e maravilhoso, transformar para quê? Puxa vida, melhoramos um bocado a nossa estrutura... enfim, sem um senso crítico, q é oq acontece na maioria, na grd maioria das vezes, a gte acaba passando por cima de problemas graves sociais e só nos damos conta deles, qdo precisamos do benefício ou alguém da nossa família morre, por exemplo.
    Eu ñ sei se vc já ouviu um bordão mto comum aqui no estado de SP, sem dar nomes... "Fulano rouba, mas faz"... é essa a educação do nosso povo?! E o pior é q o tal fulano é eleito em todas as eleições q participa, inclusive se sua canditatura estiver caçada!!!!
    Voltemos então para sua pergunta: "Qual o nosso objetivo?"... Diante desses argumentos, espero te-lo convencido de q ñ sou pessimista, meu caro, sou professora de História, dou aula de Filosofia e Sociologia... o mínimo q tenho q fazer é acreditar no meu trabalho e, qual é o meu trabalho? Fazer o possivel para infuenciar meus alunos de forma crítica... pq, a partir do momento q eu ñ puder fazer mais isso, eu juro q rasgo meu diploma, pq ñ me servirá mais de nada... calma, ñ sou um ser irresponsável q grita em sal de aula pedindo a REVOLUÇÃo, q peguem em armas, vamos derrubar o Estado, nada disso, mas tento faze-los entender o mundo real, para possiveis transformações...
    MAG...

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